Cantor
Matheus Nunes, o Caco Velho, cantor, compositor e ritmista que inspirou Germano Mathias, nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 12 de junho de 1920, e morreu em São Paulo (14 de setembro de 1971), onde desenvolveu sua carreira. O apelido ele ganhou, ainda na infância, devido a um sucesso de Ary Barroso (Caco Velho, 1934) que costumava cantar enquanto vendia balas e cigarros num tabuleiro pelos bares da cidade.
De vendedor, ele acabou passando a músico de um desses bares, fazendo o ritmo em caixa de fósforos, tamborim e pandeiro com uma habilidade que acabou por levá-lo para o rádio, onde passou a integrar um conjunto regional. “Ele começou como pandeirista. Era muito bom, tinha muito ritmo. Um dia faltou o cantor, ele foi quebrar o galho e se consagrou”, diz Germano, que teve no gaúcho o modelo para seu modo de cantar, um estilo cheio de bossa, que compensava a voz pequena. Aos 22 anos de idade, Caco Velho venceu um concurso de músicas carnavalescas com o samba Eu Ando à Procura, superando ninguém menos que Lupicínio Rodrigues, que ficou em segundo lugar. Para espanto geral, Caco Velho emplacou outro samba, Que Coisa Louca, em terceiro lugar. Aos 24 anos compôs a toada Mãe Preta, sua primeira música gravada (com Piratini). Em 1944, já em São Paulo, gravou o primeiro disco, pela Odeon, com os sambas Briga de Gato (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins) e Maria Caiu do Céu (em parceria com Nilo Silva). Nos anos 50, já conhecido como “O Sambista Infernal”, Caco Velho chegou a gravar músicas nordestinas, seguindo uma onda da indústria fonográfica, mas logo voltou ao samba, gênero no qual imprimiu sua marca. “Ninguém dividia como ele”, diz Germano.
Ainda nos anos 50, Caco Velho passou dois anos em Paris, como crooner da orquestra de George Henri, firmando-se como uma das vozes mais respeitadas da música brasileira. Grande sucesso dos anos 60, Tem Que Ter Mulata, de Túlio Piva, foi uma das marcas de sua carreira.
O sucesso o transformou em empresário da noite. Os anos 60 o encontraram como dono da boate Brasilian’s Bar, que se tornou um ponto de encontro de artistas nacionais e estrangeiros em visita à cidade, gente do naipe de Agostinho dos Santos e do francês Sacha Distel. Consagrado em sua terra, em 1966 ele foi para San Francisco, Califórnia, onde ficou até 1968. Durante uma temporada em Portugal, a grande fadista Amália Rodrigues gravou sua composição Barco Negro (Mãe Preta), com estrondoso sucesso. A diva portuguesa regravaria muitas vezes Barco Negro, que recebeu letra do ilustre poeta português David Mourão-Ferreira (1927-1996).
De volta a São Paulo, em 1970, abriu nova casa noturna (Sem Nome Drinks) e participou do programa Som Livre Exportação, na TV Globo. Morreu no ano seguinte, aos 51 anos, no Hospital das Clínicas, onde estava internado havia algum tempo. Deixou a mulher e quatro filhas. Seu corpo foi velado no Araçá, com a presença da fina flor da velha música brasileira, como Joel de Almeida (o Rei das Marchinhas), Germano Mathias e Noite ilustrada.
De vendedor, ele acabou passando a músico de um desses bares, fazendo o ritmo em caixa de fósforos, tamborim e pandeiro com uma habilidade que acabou por levá-lo para o rádio, onde passou a integrar um conjunto regional. “Ele começou como pandeirista. Era muito bom, tinha muito ritmo. Um dia faltou o cantor, ele foi quebrar o galho e se consagrou”, diz Germano, que teve no gaúcho o modelo para seu modo de cantar, um estilo cheio de bossa, que compensava a voz pequena. Aos 22 anos de idade, Caco Velho venceu um concurso de músicas carnavalescas com o samba Eu Ando à Procura, superando ninguém menos que Lupicínio Rodrigues, que ficou em segundo lugar. Para espanto geral, Caco Velho emplacou outro samba, Que Coisa Louca, em terceiro lugar. Aos 24 anos compôs a toada Mãe Preta, sua primeira música gravada (com Piratini). Em 1944, já em São Paulo, gravou o primeiro disco, pela Odeon, com os sambas Briga de Gato (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins) e Maria Caiu do Céu (em parceria com Nilo Silva). Nos anos 50, já conhecido como “O Sambista Infernal”, Caco Velho chegou a gravar músicas nordestinas, seguindo uma onda da indústria fonográfica, mas logo voltou ao samba, gênero no qual imprimiu sua marca. “Ninguém dividia como ele”, diz Germano.
Ainda nos anos 50, Caco Velho passou dois anos em Paris, como crooner da orquestra de George Henri, firmando-se como uma das vozes mais respeitadas da música brasileira. Grande sucesso dos anos 60, Tem Que Ter Mulata, de Túlio Piva, foi uma das marcas de sua carreira.
O sucesso o transformou em empresário da noite. Os anos 60 o encontraram como dono da boate Brasilian’s Bar, que se tornou um ponto de encontro de artistas nacionais e estrangeiros em visita à cidade, gente do naipe de Agostinho dos Santos e do francês Sacha Distel. Consagrado em sua terra, em 1966 ele foi para San Francisco, Califórnia, onde ficou até 1968. Durante uma temporada em Portugal, a grande fadista Amália Rodrigues gravou sua composição Barco Negro (Mãe Preta), com estrondoso sucesso. A diva portuguesa regravaria muitas vezes Barco Negro, que recebeu letra do ilustre poeta português David Mourão-Ferreira (1927-1996).
De volta a São Paulo, em 1970, abriu nova casa noturna (Sem Nome Drinks) e participou do programa Som Livre Exportação, na TV Globo. Morreu no ano seguinte, aos 51 anos, no Hospital das Clínicas, onde estava internado havia algum tempo. Deixou a mulher e quatro filhas. Seu corpo foi velado no Araçá, com a presença da fina flor da velha música brasileira, como Joel de Almeida (o Rei das Marchinhas), Germano Mathias e Noite ilustrada.
Fonte: PagodeDaMassa
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